sábado, 14 de março de 2009

Tratamento espíritual de animais doentes


Tratamento espírita vira esperança para donos de animais doentes


Centro espírita na Zona Norte de SP cuida de animais 
Tratamento espiritual, no entanto, não dispensa ida ao veterinário.

Do G1, em São Paulo


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Qualquer animal pode ser submetido ao tratamento espiritual. (Foto: Divulgação)

Donos de animais com fraturas, câncer ou que sofrem de ansiedade têm encontrado no centro espírita Vicente Cerverizo, na Vila Medeiros, na Zona Norte de São Paulo, uma ajuda para atravessar o momento difícil. O lugar é o único do Brasil que se tem notícia que oferece tratamento espiritual a animais de estimação. A afirmação é do veterinário Marcel Benedeti, presidente da Associação Espírita Amigos dos Animais (Asseama). 

Segundo ele, quaisquer animais são passíveis de tratamento espírita “uma vez que todos são seres que merecem atenção. Não importa se são cães, gatos, aves, suínos, bovinos ou eqüinos”, afirma Benedeti, que, apesar de ser veterinário, não mistura o trabalho do médico com o do espírita. 

 

“Não é permitido tocar no assunto relacionado à medicina veterinária nem que alguém ali no trabalho é veterinário. Não lemos receitas e nem damos opiniões a respeito de tratamentos médicos que os animais recebem. Portanto, ali dentro, não existem veterinários e pacientes veterinários, mas apenas espíritos necessitados de auxílio”, esclarece. 

Benedeti conta que todos no grupo espírita são vegetarianos. Os donos dos animais são chamados de tutores. “Não chamamos de donos, pois acreditamos que os animais não são objetos para terem donos”, justifica. 

 

Em busca de quê


O perfil dos mascotes que são levados ao centro é bem parecido. Eles chegam lá depois de terem passado por diversos tratamentos “físicos” sem sucesso. “As pessoas recorrem ao tratamento espiritual como meio de aliviar o sofrimento dos animais”, diz Benedeti, que costuma receber principalmente animais desenganados ou que foram recomendados para eutanásia. “É o último recurso”, diz ele. 

Os donos também têm algo em comum. “São pessoas sensíveis, que se preocupam com o bem-estar de seus animais”, observa Benedeti, que complementa: “Não fazemos distinção entre tutores quanto à religião”, diz. No local, são bem-vindos católicos, evangélicos, judeus, umbandistas e, naturalmente, os espíritas. 

 

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Animais acompanham a palestra com os seus tutores antes do passe. (Foto: Divulgação)

O veterinário Francisco Cavalcanti de Almeida, presidente do Conselho Regional de Medicina Veterinária, não vê problemas em o dono submeter o seu bichinho de estimação a um tratamento espiritual. O que não pode, afirma ele, é o animal deixar de ser levado ao veterinário. 

‘Para qualquer ser vivo, existe uma enfermidade e o seu tratamento médico específico. O veterinário é o profissional capacitado para detectar qualquer sintoma ou doença e até realizar a prevenção”, afirma Almeida. 

 

Animais desenganados

 

O aposentado Mário da Conceição, de 75 anos, conheceu o tratamento espiritual depois que encontrou na rua o setter irlandês Caramelo. “Levei ele para o veterinário, que constatou que Caramelo tinha problema no coração, no fígado, não enxergava e não ouvia direito e também não se firmava nas patas traseiras. Ele viveria por pouco tempo”, relembra. 

O cachorro, que já devia ter cerca de 12 anos quando foi achado, foi tratado com um veterinário homeopata e, com o tempo, apresentou melhora. Paralelamente ao tratamento, Mário levava Caramelo ao centro espírita. 

“A fila do passe depende do estado de saúde do animal. No começo, ele passava na frente. Depois, ele passou a entrar na fila como todos os outros. Antes, eu carregava ele no colo do carro até a sala. No fim, ele já descia do carro sozinho”, relembra. 

Caramelo morreu em outubro do ano passado, mas Mário não deixou de frequentar o centro. O aposentado é responsável por outros três cães: Judite, que mora com ele, e Pretinho e Branquinho, que moram em uma pet shop mas saem para passear todos os dias com o tutor. 

Quem também costuma frequentar o centro é o aposentado Antônio de Andrade, de 81 anos, dono de Diana e Juruna, um casal de fila brasileiro. A fêmea vem sendo submetida a um tratamento veterinário contra câncer há seis meses, período em que também passou a ir ao centro na Zona Norte. 

Na semana passada, no entanto, Diana perdeu o movimento das pernas. “Tentei erguê-la, mas não adiantou”. Agora, o tratamento espiritual da cadela será à distância. Sim, o grupo espírita também atende, a pedido do tutor, animais doentes que não podem ir até o centro.

 

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Palestra que antecede o passe dura cerca de 30 minutos. (Foto: Divulgação)

Por onde começar


Tutores que se interessaram pelo tratamento devem começar fazendo um cadastro na Asseama. É preciso informar nome, endereço, raça, sexo e idade do bicho de estimação, para, depois, dar detalhes sobre o problema que aflige o animal. Neste momento, a pessoa se compromete a não comer carne nem oferecê-la ao mascote no dia marcado para o tratamento. 

Chegando ao centro, o tutor passa por nova entrevista e, em seguida, é encaminhado à sala de palestras. “Esta é a parte mais importante do tratamento. É neste intervalo de reserva e reflexão, quando as pessoas ouvem do palestrante orientações evangélicas, que a equipe espiritual procede ao tratamento dos animais e do tutor”, descreve Benedeti. 

Após a palestra, que dura cerca de 30 minutos, o animal e o seu acompanhante entram em uma sala onde são submetidos a um tratamento por imposição de mãos durante um minuto. “Geralmente, pede-se para retornarem depois de algum tempo, que pode ser entre sete a 30 dias”. 

Serviço 
Associação Espírita Amigos dos Animais (Asseama), tel. (11) 2071-2590.


Retirado de: g1.globo.com   08/02/09 - 10h10

quinta-feira, 12 de março de 2009

Quando ele chega à terceira idade

O labrador Bud, 7 anos, – já com os pelos do focinho brancos – cansa fácil quando brinca.

Ao ficarem velhos, cães e gatos precisam de mais atenção e carinho

Entre 7 e 8 anos de idade, a agitada SRD Sashimi começou a mudar de comportamento. “Ela passou a ficar mais quietinha e carente”, explica a dona da gatinha, Fabiolla Mendes Weffort, 20 anos, estudante. E não foi só: perdeu alguns dentes e engordou. Sinais de que o tempo também passa para os bichinhos. É muito difícil definir em que época a velhice chega para os cães e gatos. Os sinais dependem de um conjunto de fatores, como a raça, a alimentação e se o animal teve um acompanhamento constante do médico veterinário.

Em geral, os gatos podem ser considerados “idosos” a partir dos 8 anos. Para os cães isso depende da raça e do porte. Os pequenos só apresentam sinais de velhice entre 12 e 16 anos, enquanto para os maiores a maturidade chega um pouco mais cedo: entre 8 e 11 anos. “O mais importante é conseguir perceber os sinais da idade avançada e entender que está no momento de ajudar o seu companheiro a se adaptar bem às mudanças que vão aparecendo”.


Pedro Seápio/Gazeta do Povo / Depois dos 7 anos, Sashimi sai menos de casa e requer mais atenção de sua dona, Fabiolla.Ampliar imagem

Depois dos 7 anos, Sashimi sai menos de casa e requer mais atenção de sua dona, Fabiolla.

Cuidados

Confira algumas dicas para que seu bichinho tenha uma terceira idade tranquila

- Mudanças muito bruscas no ambiente em que o bichinho vive podem causar um profundo estresse e aumentar o risco de doenças. Por isso, quando for mudar a disposição dos móveis, faça aos poucos e sutilmente.

- Se o animal estiver com problemas de visão, não é aconselhável fazer essas modificações, para que ele continue a circular com facilidade. Se o caso for de artrite, por exemplo, atente para o piso não ser escorregadio.

- Brincadeiras – Se os cães sempre foram acostumados a atividades físicas, é importante que continuem podendo exercê-las mesmo depois de certa idade. As brincadeiras como correrias e jogos de bola normalmente devem ser adaptadas à terceira idade. Não é preciso parar de jogar a bolinha para o seu cão, mas talvez seja prudente jogá-la mais perto e por menos vezes.

- Atenção – Tanto os gatinhos como os cães precisam saber que os donos estão com eles para o que der e vier. Especialmente porque, com a diminuição dos sentidos, podem vir a ficar mais temerosos e dependentes. Adotar um bichinho mais novo pode ser bastante positivo para que tenha uma companhia. No entanto, é importante prestar atenção ao temperamento do seu cão mais velho: nem todos têm paciência para aguentar a energia e as brincadeiras dos filhotes.


Redução da velocidade

Assim como a gata Sashimi, à medida que ficam mais velhos os felinos tornam-se mais parados e menos curiosos. “Geralmente, não saem tanto de casa como antes, procuram locais confortáveis, aquecidos e dormem por longos períodos”; Outras alterações ocorrem pelo desgaste natural dos órgãos dos sentidos. “Os bichanos já não sentem cheiros como antes e nem escutam ou enxergam tão bem”. As doenças mais comuns nessa idade estão ligadas ao mau funcionamento dos rins e do fígado. “Quando doentes eles passam a rejeitar a comida e a fazer pouco xixi”.

Com o avanço da idade, os cachorros também ficam mais acomodados e dormem mais. Foi o que aconteceu com o labrador Bud, que apesar de ter 7 anos, já é considerado idoso pelo seu tamanho – mais de 40 quilos. “De um ano para cá ele está mais preguiçoso e, quando brinca, se cansa fácil”, conta a dona dele, a advogada Juliana Ribas, 30 anos.

Enquanto o corpo envelhece, os órgãos vitais dos cãezinhos também começam a ter problemas. “Com a idade os animais também têm a visão e a audição prejudicadas, enquanto a fragilidade do sistema imunológico aumenta as chances de desenvolverem doenças”.

Dando uma mão

Por todas as transformações que passam, os bichinhos idosos têm necessidades especiais. Em primeiro lugar, é preciso ficar de olho na aparência e no comportamento do animal. “Diante de atitudes não habituais, como as de recusar comida ou de ter dificuldades para fazer cocô, é preciso procurar um veterinário. Esses podem ser sinais de uma doença ou dor que, muitas vezes, são facilmente tratáveis”.

Passar anualmente pela avaliação de um profissional e preencher a tabela de vacinas é fundamental para preservar a saúde do animal. “Não devemos descuidar da prevenção de doenças só porque ele está mais velhinho”.

A alimentação também é um item que requer atenção. Bichos mais maduros devem receber rações próprias para suprir as carências que aparecem com a idade. “Como a produção de anticorpos diminui, é indicado buscar alimentos ricos em vitamina C (antioxidantes), ômega 3 e 6”. No caso dos gatinhos também pode-se contar com rações que facilitam a eliminação das bolas de pelo, uma vez que, em idade avançada, o trânsito gastro-intestinal é reduzido.

Outra preocupação que os donos de cães e gatos idosos devem ter é com a saúde bucal. A partir de uma certa idade, o tártaro dentário tende a acumular entre os dentes e as gengivas, causando a periodontite ou doença gengival. “Para amenizar o problema, é aconselhável realizar a retirada do tártaro uma vez a cada dois anos. A manutenção em casa deve ser feita a cada dez dias, utilizando uma gaze umedecida em movimentos circulares, para limpar os dentes” . É importante evitar doces e comidas que grudem nos dentes.



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